“O incentivador, Luciano Murakami, é um exemplo que deu certo, com a ajuda do Governo do Estado do Pará. Ele foi chamado para participar do Salão do Chocolate, em São Paulo, para lançar uma linha de chocolates, a Benke Chocolates. ”
A troca de ovos da Páscoa se repete todo mês de abril ao redor do mundo. A milenar arte criada para simbolizar a fertilidade e o renascimento da vida foi ganhando contornos diversos ao longo do tempo, até virar objeto de desejo graças ao sabor sedutor do chocolate. Nesse momento de celebração, uma curiosidade pode passar despercebida da maioria: sai do Pará grande parte do cacau que abastece a indústria responsável por fazer dessa data uma das mais importantes para a economia. Maior produtor do Brasil, o Estado agora avança para o próximo passo da cadeira, a verticalização.
O Pará produziu, em 2016, 117 mil toneladas de cacau, superando a produção da Bahia, até então o maior produtor nacional. Espécie nativa da Amazônia, o fruto hoje é encontrado em diversas regiões do estado, entre elas o sudeste paraense, onde municípios como Tucumã e Santa Bárbara, na Região Metropolitana de Belém, se mostram como terrenos férteis para o afloramento da produção, pelas condições naturais e a organização das cooperativas de agricultores. A região sob influência da Rodovia BR-230, conhecida como Transamazônica, é o grande expoente em produtividade e área plantada.
A implantação de programas específicos, com aumento significativo nos investimentos, foi determinante para que o Estado tomasse a dianteira no ranking da produção nacional. O Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará (Funcacau) foi o maior deles. O incentivador, Luciano Murakami, é um exemplo que deu certo, com a ajuda do Governo do Estado do Pará. Ele foi chamado para participar do Salão do Chocolate, em São Paulo, para lançar uma linha de chocolates, a Benke Chocolates.
Luciano realiza um trabalho de intercâmbio de tecnologia de Fábricas de Chocolates da Bahia -Pará com o intuito de conhecer in loco o processo de gestão e produção da ICB- Indústria de chocolates da Bahia que tem uma capacidade de produzir 150 toneladas por ano, que atualmente são fabricados na ICB os chocolates das marcas Sagarana Chocolates, CHOR, Gabriela da própria ICB e também são contratados a produzem chocolates de outras marcas que futuramente pretendo fomentar esse modelo de negócios em nosso Estado.