influenza e outros vírus respiratórios e informações sobre a doença, com a orientação de busca de atendimento médico em caso de sinais e sintomas de agravamento do quadro clínico
Por Roberta Vilanova/ Agência Pará
A diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Lúcia Ferreira, informou, na terça-feira (29), quais são as principais medidas que devem ser adotadas pelas Secretarias Municipais de Saúde e pela população, para a prevenção, vigilância e tratamento da síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG), visando à redução de casos e número de óbitos por SRAG em 2019.
De acordo com ela, a Sespa já enviou a todas as Secretarias Municipais de Saúde, o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, para que seja divulgado aos serviços de saúde públicos e privados, com ênfase no tratamento oportuno dos casos de SRAG e de SG com condições e fatores de risco, uma vez que tem havido uma demora considerável para iniciar do tratamento.
As pessoas com condições e fatores de risco para complicações são as crianças menores de dois anos de idade; idosos com mais de 60 anos; grávidas em qualquer idade gestacional; puérperas até duas semanas após o parto, incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal; pessoas com doenças crônicas, imunossupressão, indígenas e obesidade mórbida.
“Além disso, todos os municípios e Centros Regionais de Saúde já foram abastecidos com o medicamento Oseltamivir (Tamiflu) antecipadamente, uma vez que o protocolo define que todos os indivíduos com SG com condições e fatores de risco devem fazer a medicação e todos com SRAG, além de da medicação, devem ter o caso imediatamente notificado por meio do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe)”, informou a diretora da Sespa.
Ana Lúcia disse que quem faz a notificação dos casos de SRAG são os profissionais de saúde, portanto é fundamental que eles conheçam bem o protocolo. “Porque é por meio da notificação que a Sespa faz a identificação do número de casos e quem faz essa notificação é o profissional que está atendendo o paciente, médico, enfermeiro e toda a equipe de saúde”, explicou a epidemiologista.
As Secretarias Municipais de Saúde também devem investigar todos os casos e óbitos suspeitos que atendam à definição de caso de SRAG no Sivep-Gripe, independentemente de coleta ou resultado de laboratorial; digitar, avaliar, acompanhar e atualizar as fichas de notificação no Sivep-Gripe; realizar análises periódicas dos bancos fornecidos pelo Sistema de informação para subsidiar as ações para o agravo; e monitorar o indicador da cobertura da campanha de vacinação contra a influenza.
As Secretarias Municipais de Saúde também devem divulgar as medidas preventivas contra a transmissão do vírus influenza e outros vírus respiratórios e informações sobre a doença, com a orientação de busca de atendimento médico em caso de sinais e sintomas de agravamento do quadro clínico. “A Prefeitura executa as ações diretamente no município enquanto o Estado acompanha, monitora e atua quando o município não tem condições. Mas o papel prioritário dessas ações no município é da Secretaria Municipal de Saúde”, afirmou.
No que se refere às medidas a serem adotadas pela população, a diretora da Sespa destacou a vacinação das pessoas que fazem parte do grupo prioritário, assim como lavar e higienizar as mãos antes de consumir alimentos; após tossir e espirrar, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca e evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos e garrafas; manter os ambientes bem ventilados; e evitar ficar perto de pessoas com sinais e sintomas de gripe.
Ana Lúcia disse, por fim, que o objetivo da Sespa, em 2019 é reduzir principalmente o número de óbitos por SRAG no Pará. Para isso, conta com a participação dos profissionais de saúde e também da população, que tem papel fundamental no alcance das metas na campanha de vacinação. “Em 2018, o estado do Pará conseguiu vacinar 90% no geral, mas não alcançou a meta entre as crianças menores de dois anos de idade. E essa campanha foi prorrogada várias vezes porque a população não comparecia aos postos de vacinação”, observou a epidemiologista.
Então ela espera que neste ano a população participe mais da Campanha de Vacinação contra a Gripe, que já está agendada para acontecer de 15 de abril a 31 de maio, sendo que o Dia D de mobilização será o dia 4 de maio. “A vacina é considerada umas das medidas mais eficazes, então, todas as pessoas que fazem parte do grupo prioritário devem procurar o posto para tomar a vacina nesse período”, concluiu.